Jonas é engolido por uma baleia e vive três dias e três noites em seu estômago até se arrepender e fazer a vontade de Deus

Jonas no ventre da baleia e o perdão de Nínive

A cidade de Nínive vivia em maus caminhos, longe do Senhor. Estavam neste período no século 8 a. C., no reinado de Jeroboão II. Era preciso endireitar seus caminhos. Deus então escolhe o profeta hebreu Jonas, homem conhecedor de Suas leis para levar sua profecia àquele povo: deveriam cessar imediatamente suas iniquidades ou destruiria a cidade toda em 40 dias contados (assim como fez com Sodoma e Gomorra, destruída frente a suas ações más e ausência de mudança de vida).

O problema de Jonas: ele conhecia os ímpios de Nínive e queria distância deles. Ficou com temor de levar palavras divinas a quem odiava o Divino. A solução de Jonas: fugir da ordem de Deus, e a navio. Foi até a cidade de Jope, pagou pelo embarque até a cidade de Társis. Parecia tudo resolvido, Deus não o veria (!). Mas, claro, Ele viu tudo e em detalhes. Agora, a solução de Deus: mandou uma forte tempestade que ameaçava destruir a embarcação. Os marinheiros desconfiaram que havia um culpado a bordo e "lançaram a sorte" para descobrir quem era, caindo sobre Jonas. O lançaram no mar e a tempestade cessou.

Mas Deus não queria sua morte, pelo contrário. Então enviou uma baleia até seu profeta, que o engoliu por inteiro. De repente Jonas se viu dentro do estômago do animal, lhe causando grande pavor. Permaneceu ali por três dias e três noites. Se arrependeu e passou a orar ao Senhor:

3. "Em minha aflição, invoquei o Senhor, e ele ouviu-me. Do meio da morada dos mortos, clamei a vós, e ouvistes minha voz. (...). 5. "E eu já dizia: fui rejeitado de diante de vossos olhos. Acaso me será dado ainda rever vosso santo templo?! (...) 10. "Eu, porém, oferecerei um sacrifício com cânticos de louvor, e cumprirei o voto que fiz. Do Senhor vem a salvação." (Jonas, 2)

E Deus se compadece de Jonas, fazendo a baleia vomitá-lo em terra firme e lhe ordena novamente que fosse a Nínive entregar Suas palavras àquele povo. Após três dias de caminhada chegou e pregava a todos que mudassem de vida pois em quarenta dias Nínive seria destruída se mantivesse seus corações maus.

Os ninivitas acreditaram no profeta Jonas. Então desde o menor até o maior de todos na cidade, ou seja, o rei, se vestiram de sacos (vestimenta dos pobres) e jejuaram na expectativa de serem perdoados. E Deus, na sua infinita misericórdia, vendo suas verdadeiras intenções de mudança, perdoou a todos da cidade e não a destruiu.

A lição da bela árvore que nasce em um dia e morre no outro

Mas Jonas, conhecendo a maldade dos ninivitas, ficou indignado com o Senhor por sua imensa bondade, mesmo com o arrependimento deles, chegando a Lhe pedir que tirasse a sua vida. Saiu da cidade e montou uma cabana no oriente para ver o que aconteceria à cidade. O Senhor, então, para resgatar o bom humor de seu profeta, fez no mesmo dia crescer uma bela árvore onde estava para lhe fazer uma grande sombra. Funcionou! Jonas se alegrou imensamente com a vistosa e grandiosa árvore. Mas, no outro dia cedo, Deus seca o arbusto que havia criado, assim como lança fortes raios de sol sobre Jonas deixando-o quase desfalecido. Com raiva e pena da árvore morta, ele pede novamente que Deus tirasse a sua vida. Então Ele lhe responde com uma grande lição:

10. "Tiveste compaixão de um arbusto – replicou-lhe o Senhor – “pelo qual nada fizeste, que não fizeste crescer, que nasceu numa noite e numa noite morreu. 11. E, então, não hei de ter compaixão da grande cidade de Nínive, onde há mais de cento e vinte mil seres humanos, que não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda, e uma inumerável multidão de animais?" (Jonas, 4)

Jonas então compreendeu a magnitude de seu erro e a razão da compaixão e misericórdia de Deus!

Referência:

Bíblia Católica. Jonas, 1-4