O povo hebreu (israelitas) atravessando o deserto por longos 40 anos.... Facilmente percebe-se que só por abundantes milagres seria possível toda uma população sobreviver a esta grandiosa façanha. E foi isso que aconteceu: os milagres mais estrondosos feitos por Deus no antigo testamento são para seu povo escolhido atravessar o deserto e chegar a terra prometida.
Deus fez de tudo por eles, desde abrir o mar vermelho para fugirem do Egito, garantia de vitórias em todas batalhas contra as cidades em seu caminho, a até fazer "chover" comida diariamente do céu (mana). Mas os israelitas vacilavam nas murmurações e falta de confiança em Deus, apesar dos milagres que viam e viviam diariamente - mostrando todo o cuidado de Deus com suas vidas.
Em certa ocasião, estavam a caminho do Mar Vermelho, contornando Edom, em uma longa trajetória... Logo perderam novamente a "paciência" e a fé de que conseguiriam sair daquela situação e murmuram contra Deus e contra Moisés, que os liderava nesta longínqua jornada.
Números 21:5 “Por que, diziam eles, nos tirastes do Egito, para morrermos no deserto onde não há pão nem água? Estamos enfastiados deste miserável alimento (o maná que vinha milagrosamente do céu diariamente)”
O Senhor se irou contra seu povo com tamanha falta de fé e lhes enviou serpentes venenosas. Muitos morreram por suas picadas até não aguentarem mais essa punição e rogaram a Moisés que interviesse a Deus para salvá-los. Clamou, então, por seu povo e logo recebeu a resposta Dele:
Números 21:8 “Faze para ti uma serpente ardente e erga-a sobre um poste. Todo o que for mordido, olhando para ela, será salvo.”
Moisés fez conforme as orientações de Deus, fixando uma cobra de bronze sobre uma haste. A partir daquele momento, todos que eram picados e dirigiam seu olhar para o alto até a cobra de bronze com fé na promessa de Deus, milagrosamente ficavam curados.
Deus usou esta cobra estendida sobre um bastão para ser o prenúncio do que aconteceria com Ele próprio: ser crucificado e exposto numa cruz - como São João escreveu em seu evangelho:
São João 3:14-16. Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim deve ser levantado o Filho do Homem, para que todo homem que nele crer tenha a vida eterna. Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.
Agora somos nós passando por nossos "desertos" e em vez de murmurarmos, chegou a nossa vez de olharmos para o alto, para o Cristo crucificado, e crermos Nele! Assim como Ele prometeu que os hebreus chegariam na Terra Prometida se O seguissem e confiassem, também Jesus nos prometeu a VIDA ETERNA, só temos que crer e segui-Lo com fé, confiança e amor!
Desde esse longínquo período da travessia do israelitas pelo deserto, então, uma cobra asteada em um bastão passou a simbolizar a cura. A cultura pagã grega que surgiu muito tempo depois criou, infelizmente, duas versões paralelas derivadas de fontes bíblicas chamando este símbolo de "Vara de Asclépio" (atribuindo-o ao seu deus pagão da cura Asclépio) e "caduceu de Hermes" (deus pagão dos comerciantes, viajantes e, inacreditavelmente, protetor dos ladrões e dos mentirosos...). Como tais versões são até hoje amplamente difundidas no mundo, é importante informá-las aqui para que saibam sua real origem: o Deus verdadeiro do Antigo e Novo Testamento!
Essa simbologia de cura nascida no antigo testamento com Moisés atravessou as gerações, chegando até a nossa sociedade moderna, no qual a cobra asteada passou a ser um símbolo internacional da medicina e dos cuidados da saúde, visto em qualquer hospital ou jaleco médico. Até mesmo a Organização Mundial da Saúde (OMS) o adotou em sua bandeira.
Bandeira da OMS. Fonte: Domínio Público
Você sabia?!?! Agora, quando ver novamente este símbolo, lembre-se das promessas e do poder de Deus para sua vida, já preditas há mais de 4.000 anos atrás em um deserto e renovadas posteriormente pelo maior sacrifício de todos: Jesus crucificado!
Referências: Bíblia Ave Maria, Armstrong Institute of Biblical Archaeology, New York Times, Science Museum Group, World Journal of Surgery