México, ano de 1531. Era um período muito conturbado: o país havia sido descoberto pelos espanhóis há pouco tempo; as civilizações indígenas (sendo os astecas os mais poderosos) estavam deprimidas pois viram suas culturas religiosas desaparecerem rapidamente com as proibições impostas, assim como metade deles estavam morrendo da varíola vinda nos navios europeus; e, os padres franciscanos estavam em grande desestímulo por não conseguirem catequizar, visto que nem mesmo dominavam as línguas nativas locais, poucos avanços eram feitos.
O bispo Don Juan de Zumárraga, do México, clama a Deus diante de seu povo para mudar aquela situação. E Deus atende sua oração. Foi quando Nossa Senhora faz sua aparição ao indígena Juan Diego naquele mesmo ano pedindo a construção de uma igreja naquele local. O bispo resistiu algumas vezes às declarações do indígena, pedindo provas. Nossa Mãe atende, solicitando que Juan colhesse no alto da montanha da aparição alguns ramalhetes de rosas diversas e belíssimas que jamais apareciam naquele local, visto ser um solo árido onde apenas nasce arbustos espinhosos - além de ser inverno naquela época. Ele as coletou, as enrolou em sua tilma (uma capa/manto que os índios usavam contra o frio, feita de agave), despediu-se da Mãe e correu apresentá-las ao bispo.
Ao desenrolar o manto com as flores junto a outras testemunhas (que já os deixaram perplexos), a belíssima imagem de Nossa Senhora foi "sendo pintada" no manto na frente deles, conforme se abria o manto e as flores caiam. Era um milagre ao vivo! O Bispo cai de joelhos em choro, pedindo perdão e agradecendo. Logo iniciam a construção da igreja no local indicado por Nossa Senhora.
O manto tornou-se sagrado pela grandiosa e minuciosa imagem que apareceu milagrosamente nele e também por outros sete fatos miraculosos, a seguir descritos:
1 - Manto não deteriora.
Os mantos dos indígenas eram costumeiramente feitos de material de cactos, que deveriam durar cerca de quinze anos. Porém permanece intacto há mais de 500 anos sem nenhum sinal de deterioração.
2 - Não há sinais de pintura com pincéis.
A pintura foi "impressa" simultaneamente em todo o manto. Trata-se de uma técnica desconhecida na história da pintura, conforme relatam as conclusões dos cientistas.
3 - Observou-se que a disposição das estrelas e das flores na imagem formam uma composição musical, uma melodia. Ouça no vídeo a seguir a música regida pela Orquestra Sinfonica y Coro de la Vienna Music (duração de 10 minutos com loop de 1 hora).
Fonte: Ave Maria Pictures
4 - As cores são feitas com materiais sobrenaturais
Em 1531 ainda não existiam os corantes de tinta, assim como averiguou-se que o material usado na pintura não existe na natureza, segundo constatação do Dr. Richard Kuhn - prêmio Nobel de Química em 1938. Nenhum artista nunca conseguiu reproduzi-la até os dias de hoje.
5 - Microscópicos detalhes nos olhos da imagem
Peritos em oftalmologia, engenharia e da NASA conseguiram ampliar as imagens das pupilas dos olhos em até 2500 vezes. Incrivelmente visualizaram uma imagem em ambos os olhos: o momento em que Juan desenrolou a imagem para o Bispo, constando 13 pessoas no local (conforme realmente ocorreu). O reflexo da imagem é igual ao que aparece em olhos humanos. Especialistas garantem que um humano não conseguiria pintar detalhes tão pequenos a olho nu.
6 - O manto e a pintura são indestrutíveis.
Sobreviveu primeiro a um desastre não proposital em 1735, quando durante uma lavagem do vidro que o protegia, caiu uma grande quantidade de ácido nítrico, um solvente, sobre que todo o manto. Este e a pintura se auto-recuperaram depois de 30 dias! Já em 1921, em ato proposital, instalaram 29 cargas de dinamite em um vaso na frente da imagem e explodiu.... Dentro da catedral, tudo que estava a até 150 metros da imagem quebrou, retorceu e estilhaçou. Nada aconteceu com a imagem e nem com o vidro que a protegia.
No total foram feitas quatro investigações na imagem. Nenhuma conseguiu explicar como foi realizada essa pintura. Uma das comissões científicas considerou-a obra de Deus, pois suas características milagrosas estão acima da natureza.
E, principalmente, como consequência destes milagres (aliás, sendo o objetivo destes) foi a conversão massiva das civilizações indígenas, que passaram a desejar muito todos os sacramentos da igreja católica: batismo, confissão, comunhão e casamento! Os padres chegavam a não conseguir a atender toda a demanda: chegavam a fazer até 17 mil batismos em um fim de semana. Quando o braço direito cansava de batizar, trocavam pelo esquerdo.
Foi considerada a maior conversão da história até os dias de hoje. Oito anos depois, em 1539, cerca de oito milhões de astecas haviam se convertido e se batizado! Esse fenômeno ocorreu pois o manto milagroso demonstrou ter uma relação muito estreita com os povos indígenas e civilizações locais, que se comunicavam por imagens e não de forma escrita. Nossa Senhora, ciente disto, deixou diversas mensagens visuais detalhadas no manto para realizar a conversão dos indígenas a Seu Filho:
1 - Nossa Senhora apareceu com feições mestiças entre espanhóis e indígenas (profetizando a fusão das raças). Seus cabelos estavam soltos e repartidos ao meio, como faziam as índias virgens.
2 - As mãos unidas indicam que Nossa Senhora está sempre em oração assim como sinalizando à "casinha sagrada de Tepeyac", ou seja, a fundação de uma nova nação com duas culturas em fusão. A faixa preta acima da barriga também eram usadas por índias grávidas, sinalizando àquelas civilizações que Ela está grávida de Seu Filho Deus.
3 - Em seu pescoço há um broche arredondado com uma cruz estampada logo acima, a mesma que os espanhóis usavam. Isto indicou aos índios que a verdadeira religião é aquela pregada pelos padres espanhóis que queriam catequizá-los.
4 - As civilizações antigas do México veneravam e conheciam muito os céus. Então o fato da Mãe vestir um manto na pintura contendo as posições das 46 estrelas com suas constelações daquela noite em que apareceu ao índio foi fundamental para conversão massiva deles. A cor azul esverdeado do manto somente eram usadas por imperadores astecas, indicando-lhes a sua importância no reino de Deus.
5 - A forte luz atrás da imagem demonstra que Nossa Senhora está também vestida de sol. Adicionalmente, no ventre dela está estampado uma flor de quatro pétalas, que na cultura asteca simbolizava o sol. Aquelas civilizações cultuavam o sol. Desta forma, o indígena que ela trazia no ventre era o Menino Sol.
6 - Nossa Senhora está com a lua sob seus pés, representando que Seu Deus é quem comanda este astro do céu. Adicionalmente, o anjo que aparece à frente da lua com asas de pássaros representa na cultura asteca o "centro da lua"
7 - Os indígenas acreditavam que seus deuses olhavam diretamente nos olhos a fim de impor sua superioridade. A imagem aparece Nossa Senhora de cabeça curvada para baixo, ou seja, declarando claramente que ela não é deusa, e portanto o Seu Deus é maior que ela.
Diversas interpretações complementares ainda são ofertadas pela cultura indígena a estas explicações e em outros detalhes da imagem, concretizando que Deus buscou a conversão destes seus filhos através de Sua Santa Mãe!
REFERÊNCIAS: TV EVANGELIZAR, MIRACULA DEI, MINHA BIBLIOTECA CATÓLICA, INSTITUTO HESED, PARÓQUIA NOSSA SENHORA MÃE DA IGREJA, DIOCESE DE UMUARAMA, EDITORA CLEÓFAS, AVE MARIA PICTURE