Carlo Acutis era um jovem comum. Usava calça jeans e tênis, adorava a internet, andava de bicicleta e jogava bola. Então ele provou que um jovem pode ser como qualquer outro da sua idade e também seguir nos caminhos de Deus sem parecer com estereótipos criados pela mídia. Ser um(a) adolescente cristão(ã) é ser normal, é o certo. Por outro lado, ser um(a) adolescente viciado(a), mal educado(a), promíscuo(a) e/ou violento(a) é anormal, é o errado. Então não se deixe enganar, pois o mundo está vindo com toda força nesta geração tentando inverter os valores ao chamar o certo de errado e o errado de certo.
Depois que morreu, aos 15 anos, começou a aparecer uma multidão em seu funeral, até mesmo intrigando seus pais. Todos dos bairros da redondeza de sua residência estavam indo vê-lo e dar sua última despedida. Mas era simples o motivo. Ele era muito querido por todos, pois sempre estava disposto a ajudar e levar a palavra de Deus aos moradores. Vendo que alguém precisava de orientação cristã, não se intimidava: parava sua bicicleta ao lado dela e já lhe falava de Jesus, seus ensinamentos e mandamentos. E eram para todos: moradores de rua, trabalhadores das calçadas, nas portarias dos prédios, no comércio, sem distinções!
As alimentava da palavra de Deus mas também o corpo com comida e roupas. Muitas vezes levava café e roupas de casa para moradores de rua ou em abrigos, assim como chegava a comer apenas metade de seu prato de comida para dar a outra metade a algum necessitado nas redondezas. Portanto, sendo apenas um adolescente, compartilhava tudo o que tinha e estava às suas mãos àquele momento. Mesmo sua família sendo de bom poder aquisitivo, não se exaltava. Por exemplo: certa vez sua mãe queria comprar um tênis novo para ele, pois o seu estava muito velho, mas respondeu que haviam outros que não tinham nenhum, era melhor comprar e doar a eles!
Fonte: Printerval
Carlo foi adolescente na fase de grande expansão da internet no mundo. E desde muito cedo tomou fascínio pela computação, sendo até considerado um gênio na área por alguns. Logo percebeu o imenso potencial da internet como ferramenta na evangelização. Ao contrário de muitos, não usava a internet para ver o que é errado, mas sim o correto e para fazer o bem. Seu computador foi examinado (talvez pelas necessidades do processo de sua santificação) e não se encontrou um único rastro de acesso a sites que contivessem conteúdos impróprios ou imorais.
A Eucaristia era o centro de sua vida: "minha auto estrada para o Paraíso", como sempre dizia. Frequentemente ia às missas e recebia a sagrada comunhão. Quando, então, soube do milagre eucarístico de Lanciano (LEIA CLICANDO AQUI), ficou maravilhado ao ver a hóstia até os dias de hoje ainda em sangue e carne. Logo decidiu que precisava divulgar os milagres eucarísticos que ocorrem ao redor do mundo, pois muitos deles nem eram documentados e todos deveriam saber deste fascinante prodígio divino. Literalmente tomava seus pais pelos braços para o levarem de carro ao redor da Europa para fotografar e documentar milagres eucarísticos ainda sem registros físicos ou digitais.
Ao longo dessa jornada foi criando um site para publicação e divulgação dos milagres, que hoje é um imenso sucesso (CLIQUE AQUI PARA ACESSAR). Costumava dizer que se Deus se deu ao trabalho de fazer um milagre eucarístico, nós como sua criação temos o dever de contemplar o milagre!!! Também estudava a vida dos santos e suas "especialidades" de intercessão para sempre indicar para qual santo alguma pessoa com determinado problema deveria rezar pela sua intercessão junto a Deus.
Ficou, portanto, conhecido como “ciberapóstolo da Eucaristia", “apóstolo dos millennials” e “padroeiro da Internet”. Suas ações, por exemplo, motivaram a criação deste site e redes sociais para divulgação de todos milagres de Deus, com ou sem intercessão dos santos (obrigado Carlo!).
O menino Matheus, nascido na cidade de Campo Grande em 2010, até seus três anos de idade sofria de uma doença congênita rara chamada pâncreas anular. O órgão do menino dividia-se em duas partes, assim como estava no lugar errado, enforcando o estômago. Essa má formação não o permitia se alimentar de comidas sólidas, apenas de líquidos, pois vomitava tudo o que comia, deixando-o em estado raquítico de peso.
A família já havia sido desenganada pelos médicos. Era preciso passar por uma séria cirurgia ou não sobreviveria mais um ano. Mas para passar por esta operação tinha que ganhar peso ou morreria durante o procedimento. Mas como se só vomitava? Apenas perdia peso em vez de ganhar.
Mas mal sabia a família que a providência divina já estava no caminho deles. O padre da Paróquia de São Sebastião, chamado Marcelo Tenório, tornou-se amigo da família italiana de Carlo Acutis e disse em uma das missas que frequentaram que aqueles que necessitavam de um milagre, pedisse a intercessão do jovem Carlo Acutis pois ele ainda precisava realizar milagres para ser beatificado e santificado.
A mãe da criança começou em sequência a rezar ao jovem italiano que ainda pouco conhecia. Até que o padre trouxe de uma viagem sua a Itália um pedaço de uma camisa de Carlo e o levou para a celebração da benção do dia 12 de outubro - mesmo dia da padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, e da morte de Carlo por leucemia em 2006.
Quando aproximou-se da relíquia na missa, o próprio menino no colo do avô estendeu as mãos para tocar e pediu a Carlo Acutis:
"Parar de vomitar".
A mãe achou que ele pediria um brinquedo, mas ela compreendeu que o fato da própria criança pedir sua cura foi fundamental para alcançar o milagre. Ela relata o que aconteceu ao chegarem em casa:
"Ele disse que queria comer. Pensei em alguma fruta ou um pão. Ele disse que não! Queria comida! E comeu um prato de comida de adulto... E ele queria mais, comia mais... Eu comecei a chorar porque comeu tudo aquilo e não vomitou. E tive que servir mais comida pra ele... Ele comeu o dia inteiro!"
Cerca de quatro meses depois foram realizados exames clínicos no menino e constataram o que era impossível à medicina: o pâncreas estava normal. Esses exames foram essenciais para o início da beatificação de Carlo Acutis pelo Vaticano, no qual em sequência fizeram a exumação do seu corpo como é tradição nos processos de santificações. Aconteceu o esperado: seu corpo estava incorrupto milagrosamente, mesmo morto há 13 anos. Em 10 de outubro de 2010 foi reconhecido como beato pela Igreja Católica.