O estigma na testa e os milagres da morte de Santa Rita de Cássia. Padroeira das causas impossíveis

O estigma na testa

Depois da intervenção divina para o ingresso de Rita no convento de Santa Maria Madalena, começa sua vida de profunda dedicação e devoção a Deus. Neste período, então, ao escutar o sermão de uma missa da sexta-feira santa de 1443 que discorria sobre as dores da Paixão de Cristo, ficou muito comovida.

Voltando ao convento, foi até a capela, estando ainda muito contemplativa nos mistérios das dores de Jesus durante seu calvário e crucificação. Tomada sob forte compaixão sob suas reflexões, pede a Deus a permissão para participar de seus sofrimentos. 

Neste momento estava prostrada diante de um quadro com a imagem de Nosso Senhor crucificado, quando um espinho de Sua Coroa que estava apenas pintado destaca-se e lhe atinge a parte central da testa, criando-lhe um estigma. Ela caiu desacordada frente a forte dor. 

Recuperando a consciência, a ferida do estigma lá estava ainda e permaneceu pelos próximos 15 anos, causando dores agudas todos os dias. Mas não era apenas isso. O cheiro fétido que exalava dessa ferida era terrível, de forma que as demais irmãs não conseguiam se aproximar. Precisou ficar isolada em uma cela da torre do convento durante todo esses longos anos, o que intensificou ainda mais suas orações, jejuns e oferta de seus sofrimentos a Deus - principalmente nos últimos 4 anos, quando mais sofreu.

A ferida apenas se fechou por um breve período de tempo quando Santa Rita pediu para fazer uma peregrinação a pé junto a suas irmãs até Roma, pois era o jubileu de toda a cristandade, um ano santo (1450). Inicialmente sua madre não permitiu, pois o odor estava muito forte, assim como estava muito doente e fraca. Pede, então, a Deus em oração que cicatrizasse o estigma até o fim da peregrinação: foi imediatamente atendida. Findada a jornada e já de volta ao convento, a ferida reabriu-se novamente.

Com o tempo, o estigma foi deixando-a cada vez mais fraca, ficando até mesmo sem se alimentar. Em algumas destas ocasiões, alimentava-se apenas da Eucaristia. Desta forma, sua santidade foi sendo cada vez mais conhecida na comunidade.

                                                            Fonte: Canção Nova

Santa Rita passou a ser a segunda pessoa santa a receber um estigma de Deus, precedida apenas por São Francisco de Assis. Interessantemente ambos são de localidades próximas e eram contemplados com fortes ações sobrenaturais de Deus através dos elementos da natureza.

Milagres de sua morte e corpo incorrupto

Em 22 de maio de 1457, aos seus 76 anos, Santa Rita falece e volta a Deus. 

Seu estigma na testa se fecha e agora começa a exalar um aroma de rosas, assim como uma forte luz! Neste momento os sinos do convento e os da cidade de Cássia começam a badalar sozinhos milagrosamente por mãos sobrenaturais - convidando a população a aclamar sua santa que agora estava com Deus.

O comando da construção de seu caixão ficou a encargo de um grande mestre de Cássia, Cecco Barbari. Porém ele estava aleijado das mãos, que lhe levou a dizer ao ver o corpo da santa: "se eu não estivesse aleijado, construiria o caixão". Imediatamente suas mãos ficaram curadas até que concluísse a construção!

Outro milagre semelhante foi com a freira Catarina Mancini, que tinha um braço paralítico. Ao abraçar Santa Rita no leito de morte, teve seu braço totalmente restaurado nos movimentos. Ao redor de seu túmulo, foram realizados vários relatos de cheiros de perfume saindo de seus restos mortais.

Depois de mais de 150 anos, em 1627, seu corpo foi examinado pela primeira vez, e achou-se em perfeito estado de conservação, incorrupto. Nos registros da diocese, há ainda relatos impressionantes ao longo dos anos, como: levitação do corpo, olhos de Santa Rita se abrindo e fechando, assim como seu corpo se movimentando.

Foi canonizada pelo papa Leão XIII em 1900. Desde 1947 seu corpo pode ser visto em uma urna de prata e cristal na Basílica de Santa Rita de Cássia, em Cássia.

Referências: TV Evangelizar, Santuário Santa Rita de Cássia Casa dos Devotos, Blog Canção Nova, Centenário Arquidiocese de Maceió, Santuário de Santa Rita, Christo Nihil PræponereParóquia Santa Rita de Cássia