O paladar dos corpos glorificados que teremos no Paraíso segundo Santo Agostinho

Sobre nossa futura vida no Paraíso pouco se fala, mas a própria bíblia e os santos já nos deram grandes indicativos do esplendor de felicidade que teremos, não sendo nem possível imaginar nesta terra:

I Coríntios 2:9[9]É como está escrito: Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou, tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que o amam.

São João Bosco (Dom Bosco) em um de seus sonhos proféticos experimentou uma fagulha da luz do paraíso, dizendo que seria possível iluminar o universo inteiro com ela (LEIA MAIS CLICANDO AQUI). 

Antes de entrar no Paraíso, os corpos físicos dos justos ressuscitarão e se unirão novamente às suas almas, mas serão corpos glorificados, igual ao de Jesus após Sua ressurreição. Podemos atestar isso novamente pela bíblia em outra passagem de Coríntios:

I Coríntios 15:42-44 [42]Assim também é a ressurreição dos mortos. Semeado na corrupção, o corpo ressuscita incorruptível; [43]semeado no desprezo, ressuscita glorioso; semeado na fraqueza, ressuscita vigoroso;[44]semeado corpo animal, ressuscita corpo espiritual. Se há um corpo animal, também há um espiritual.

Hoje, então, trazemos um post sobre o que será o sentido do paladar dos corpos glorificados segundo Santo Agostinho:

Após a ressurreição os corpos dos justos não necessitarão de nenhum remédio para evitar os danos da doença e da velhice, precursores da morte, nem de nenhum alimento corporal para afastar a impressão dolorosa da fome e da sede.

Terão o privilégio da imortalidade inviolável e certa mas será permitido tomar a eles a vontade os alimentos. Não serão obrigados a comer pela necessidade, a exemplo de nosso Salvador depois da ressurreição (ver Lucas 24:41-43).

Com efeito a fé cristã não exita em afirmar que Cristo partilhou com seus discípulos o pão e a bebida, mesmo estando revestido de uma carne espiritual, mas verdadeira. Portanto não é a faculdade de comer e beber que desaparecerá do corpo, mas a necessidade de faze-lo. O corpo espiritual não cessa de ser corpo, mas está vivificado pelo espírito.

Segundo o padre J. Marc, além de podermos comer a vontade mais conforme a nossa futura natureza (ainda sem as necessidades atuais de digestão), nosso paladar será apuradissimo, e o prazer da alimentação será incrivelmente maior em comparação ao paladar que temos hoje em nossos corpos terrenos.

Uma breve noção desse paladar pode ser visto nos dons que Deus deu aos animais para sobreviverem, com alguns muitíssimos superiores aos nossos (iremos criar um tópico deste assunto, logo!). Por exemplo, um simples camundongo. Seu paladar pode detectar sabores que passariam batido por nós, como o cálcio e o dióxido de carbono, assim como detectar produtos químicos na comida na proporção de partes por milhão. Se Deus deu um dom magnífico como esse a um dos menores de seus animais irracionais, imagine o paladar dos Seus filhos justos em seus corpos glorificados, e todos se alimentando de comidas muitíssimo mais saborosas!

Com todos os demais sentidos do corpo ocorrerão a mesma coisa. E o mais esplêndido ainda: essa felicidade será ainda muito pequena em comparação à de vermos Deus face a Face!!!

Referência: App Bíblia Ave Maria, A Cidade de Deus - Santo Agostinho, Paraíso Celeste - A Felicidade dos Bem Aventurados, Canal dos Santos Anjos, Meus Animais