Dois testemunhos sobre os perigos da divulgação de imoralidades e da geração de tentações aos irmãos ao expor seus corpos: a alma de um pintor cristão no purgatório e da proteção do anjo da guarda aos olhos da menina Cecy Cony

Exercício da semana: você tem algum parente ou amiga(o)/colega que em suas redes sociais posta fotos apenas de biquíni ou de sunga? Alguns até mesmo fazendo poses sensuais? E se a pessoa recebe alguma critica, ela se ofende e diz: "ahh.. vá... é só uma foto de praia (ou piscina), o que tem demais?!". Estejam eles conscientes ou não, mas estão sim exibindo seus corpos para outros, gerando atração sexual e desejos impuros em muitos deles... o que poderá gerar problemas catastróficos nas vidas de quem as postou e nas de quem as olhou e desejou (auxiliando até mesmo na perdição eterna de suas almas ou em um severo purgatório). No post de hoje, veremos o grau da gravidade que uma "simples" foto escandalosa pode ocasionar - que nos tempos de internet pode se propagar rapidamente ao redor do mundo e até atingir milhões de pessoas. As consequências para estas almas podem ser inimagináveis. Sugerimos que enviem este post a tais pessoas a fim de pararem com esta atitude, para o bem e e salvação destas (enquanto é tempo), ou mesmo para redução de suas penas no purgatório, se salvarem-se.

O pintor cristão e sua única obra imoral

Este primeiro testemunho foi obtido no livro de domínio público do Pe. François Xavier Schouppe (Purgatório - capítulo XXXI, p.95), o qual traduziremos de forma mais informal. Este renomado padre francês foi missionário jesuíta vivendo em fins do século XIX e início do XX e autor de inúmeras obras teológicas, incluindo "o Purgatório", a mais popular e conhecida. O padre François cita este relato obtido em outra obra: a do padre Rossignoli, chamada "Maravilhas do Purgatório".

Um grande e renomado pintor, de vida cristã exemplar, resolveu pintar uma única vez um quadro que não estava em conformidade às condutas cristãs, sob a "desculpa" de ser uma "obra de arte" - pois tais obras infelizmente sempre acabavam parando até mesmo nas paredes das melhores famílias.

O padre Schouppe, porém, repreende: a verdadeira obra de arte eleva a alma a Deus, enquanto que as obras que apelam apenas à beleza da carne e do sangue, têm inspiração diabólicas. São produções infames de mentes corrompidas.

Entregou-a ao seu comprador após finalizada, mas logo o artista se arrependeu desta obra má, passando a se dedicar às pinturas religiosas, sem o menor tipo de coisas mundanas que poderiam levar à perdição de almas. Chegou até mesmo a realizar muitas pinturas católicas no convento das Carmelitas Descalças - local onde lhe sobreveio uma doença mortal.

Notando que efetivamente morreria, deixou para o convento uma quantia significativa de seus recursos, pedindo ainda que rezassem missas pela sua alma após seu falecimento. Logo morreu... Parecia não haver maiores preocupações: uma pessoa arrependida de sua única obra ruim, muitas obras boas, vida cristã exemplar... Tudo indicava salvação e um levíssimo purgatório! Mas qualquer ação nesta vida traz consequências para a outra vida, sejam por obras boas ou as ruins.

Passado apenas alguns dias, um religioso do convento avistou-o sobrenaturalmente no meio de chamas, suspirando amargamente... Aproximou-se e iniciou um diálogo com ele:

- Religioso: "O quê??? Você está sofrendo dores tão fortes mesmo depois de ter levado uma vida tão exemplar e ter morrido tão santificadamente?

- Pintor: Ahh... é por causa daquela pintura imodesta que fiz alguns anos atrás... Quando apareci no tribunal do Juiz Supremo, uma multidão de acusadores (almas perdidas) veio me acusar contra mim. Eles declararam que foram excitados por pensamentos impróprios e desejos malignos por causa daquela pintura que fiz. E como consequência destes maus pensamentos, alguns estavam no purgatório e outros no inferno. Estes últimos (punidos eternamente) clamavam por vingança, pois sendo a causa de suas perdições eternas, argumentaram que eu mereceria no mínimo a mesma punição. Então a Virgem Maria e os Santos que glorifiquei por minhas (outras) pinturas tomaram a minha defesa. Eles afirmaram ao Juiz que aquela infeliz pintura foi trabalho de minha juventude, me arrependendo depois e reparando meu erro posteriormente com pinturas religiosas - que foram fonte de edificação de almas. Em consideração desta e de outras razões, o Supremo Juíz declarou que devido ao meu arrependimento e das boas obras, eu estaria livre da condenação (eterna); mas ao mesmo tempo me condenou a estas chamas (no purgatório) até que a obra fosse queimada, para que esta não escandalizasse mais ninguém.

Então o pintor implora ao religioso que fizesse o necessário para que aquela pintura imoral fosse lançada em alguma fornalha. Para isto, deveria ir até o seu proprietário e lhe contasse sua situação no purgatório para que ele a aniquilasse, concluindo: "ai dele se recusar!". E deu uma profecia certa junto a outra profecia condicional: pediu que informasse que logo o proprietário perderia seus dois filhos. Ainda, se recusasse a obedecer a Deus, iria pagar com uma morte prematura.

O religioso correu até o dono da obra e lhe contou tudo. Ele acreditou, pegou a pintura e a atirou ao fogo. Mas a profecia da morte dos filhos era independente à sua ação, então efetivamente perdeu seus filhos em menos de um mês. Passou o resto de sua vida em penitência por ter encomendado aquela pintura imodesta e mantê-la em sua casa.

Padre Shouppe conclui seu texto com uma frase que nos dias de hoje pode ser ainda mais potencializada: "Se esta foi a consequência de uma pintura imodesta, qual será, então, a punição dos escândalos dos maus livros, dos maus jornais, das más escolas e das más conversas?". Isso em 1893... Imaginem agora no mundo de hoje com a quantidade de filmes e séries sensuais e pornográficos, peças de teatros e "obras de arte" imorais, perfis de pessoas seminuas sensualizando e "dançando" nas redes sociais (inúmeros com milhões de seguidores), dentre outros que poderiam ser citados, atingindo pessoas no mundo inteiro... Jesus Cristo mesmo advertiu estas pessoas (São Mateus, 18:7):

Ai do mundo por causa dos escândalos! ... Ai dos homens que os causam!"

A menina Cecy Cony (Irmã Maria Antônia) e o convívio com seu anjo da guarda

Vamos ao nosso segundo testemunho sobre o tema. Uma criança católica do Rio Grande do Sul chamada Cecy Cony (futura Irmã Maria Antônia na Congregação das Irmãs Franciscanas em São Leopoldo e grande vocacionada a suportar intensos sofrimentos), nascida em 1900, recebeu a graça de Deus de enxergar e conviver com seu anjo da guarda. Ela inclusive se confessava com o candidato a santo no Vaticano, Padre João Baptista Reus (lê-se "Róis" - CLIQUE AQUI PARA LER MAIS SOBRE ESSE GRANDE PADRE), que confirmava a veracidade de toda a vida da irmã e a incentivou a escrever em livro suas memórias de convívio com seu anjo (link para download disponível nas referências).

Entre seus 11 e 12 anos de idade, ocorreu uma primeira ação de livramento executado pelo seu anjo, quando estava em viagem a Santa Vitória do Palmar. Foi a pedido de um médico, que disse a seu pai que deveria tomar banho de mar para ficar imersa em suas águas iodadas. Uma espécie de tratamento médico. Ficou hospedada na casa de uma amiga da família, que antes a levou junto com a vizinhança em uma passeio a cavalo até uma bela cachoeira próxima. Chegando ao local, armaram barracas onde todos se trocavam colocando roupas de banho e saiam para a cachoeira. Chamaram Cecy para se trocar, que logo começou a correu alegremente até a barraca, quando...

...sou impedida, por um braço, por meu Novo Amigo (anjo da guarda) e pela presença mais viva de Nosso Senhor em meu pequeno ser, fazendo-me compreender que não devia acompanhar aquele grupo (...).  Meu Novo Amigo passou para minha frente e, durante todo o tempo que os banhistas permaneceram na água, e depois na margem, onde formaram baile, tinha eu, pela primeira vez, na minha frente, a Sombra Santa e Benfazeja que, supunha eu, eram as Asas distendidas de meu Novo Amigo. E sempre, dali em diante, as “Santas Asas Protetoras” distenderam-se na minha frente, impedindo-me de ver o que Nosso Senhor nem Ele queriam que eu visse.

Já na adolescência, em 1917, Cecy sempre pedia a seu anjo da guarda para selecionar um livro para sua leitura aos sábados na biblioteca do colégio. Por consequência, sempre lia textos íntegros, escritos sob as normas cristãs. Porém, em um dia de biblioteca fechada, pediu conselho a um amigo que também era grande leitor. Lhe recomendou ler "As Vestais" e o mandou de presente para leitura. Correu para o quarto ler alegremente e sem consultar seu anjo, como tradicionalmente fazia. 

Mas assim que o abriu na primeira página, sentiu a mão de seu anjo sobre sua cabeça e o livro fechou-se sozinho, caindo ao chão. Cecy volta seu olhar para o anjo, vendo-o triste e severo. Compreendeu que não deveria ler aquele livro.

Como toda criança e adolescente, também costumava ir ao cinema. Dentre os filmes católicos que assistiu, lembrava-se de todos os títulos e conteúdos. Mas já naquela época, em qualquer outro filme secular haviam cenas impróprias em certos pontos da película. Nestes momentos, entrava em ação seu anjo! Cita como exemplo o caso mais drástico, ocorrido ainda na infância ao assistir o filme "A Cela n.13", assim como outras ocasiões de cenas pontuais não apropriadas em filmes e teatros:

...passou-se duas ou três cenas e meu anjo estende suas asas sobre meus olhos, impedindo-me de assistir a todo o resto do filme praticamente! Em outras ocasiões (quero dizer, em outras fitas), suas Santas Asas distendiam-se por certo espaço de tempo. Depois como que se fechavam e, então, eu podia olhar na tela, mas sua Santa Mão permanecia sobre meu ombro, de modo que (...) durante a passagem de uma fita na tela, as Santas Asas distendiam-se por tempo rápido e logo me deixavam a vista livre. Não somente nos cinemas meu Novo Amigo (anjo da guarda) assim procedia, também em espetáculos (representação de dramas, etc.)

E o atual uso de biquinis e sungas nas praias e piscinas?

Agora precisamos ser lógicos. Se vem a ser pecado postar fotos com roupas íntimas por gerar pensamentos e desejos impuros nos irmãos (equivalente ao que vimos no testemunho da alma do pintor cristão), então frequentar praias e piscinas com biquinis (mulheres) e sungas (homens) também o são (mesmo que a pessoa não esteja mal intencionada), oras! (como vimos na proteção do anjo da guarda aos olhos da menina Cecy). A atração física poderá ocorrer nos(as) irmãos(ãs) da mesma forma. Cabe lembrar: um cristão não pode pensar só em si, mas sempre refletir sobre como as consequências de seus atos impactarão seus irmãos

Basta responder a questão: você atenderia uma visita familiar em sua casa somente de calcinha e sutiã ou de cueca? Claro que não... E o biquini e a sunga chegam a mostrar ainda muito mais o corpo hoje em dia do que as roupas íntimas. Não é porque na praia ou piscina a pessoa estará diante de desconhecidos que deixarão de ser seus irmãos em Cristo. O Padre Leonardo Wagner e o Padre José Augusto sintetizam bem a questão:

                    Fonte: sagradafamiliaemmeular (Instagram - clique na imagem para acessar)

                         Fonte: sagradafamiliaemmeular (Instagram - clique na imagem para acessar)

Sabemos que o assunto é polêmico, mas a moral de Cristo nunca mudou, por mais que a humanidade tente adaptá-la a seus tempos. Por acaso, parafraseando o próprio Padre Leonadro Wagner: algum santo ou santa de Deus já usou roupas íntimas em público? Nunca houve um único relato...

Referências: Purgatory: Explained by the Lives and Legends of the Saint - chapter XXXI, p.95 (Padre François Xavier Shouppe), sagradafamíliaemmeular (a)sagradafamiliaemmeular (b), Devo Narrar Minha Vida... Irmã Maria Antônia (Cecy Cony),  Christo Nihil Præponere (Padre Paulo Ricardo)Canção Nova - Santos para as Crianças, Canal dos Santos Anjos (a), Canal dos Santos Anjos (b)Heroínas da Cristandade