Banqueiro judeu irado com o cristianismo recebe a aparição de Nossa Senhora de Sião, converte-se instantaneamente e se torna padre

Afonso Ratisbone, até o dia 20 de janeiro de 1842, era um jovem de 27 anos, judeu, banqueiro, rico (e parente de uma das famílias mais ricas do mundo), inteligente, graduado em Direito e muito bem educado. Como todo judeu, não acreditava em Jesus. Mas não era só isso. Ele nutria horror, ódio, ira pelo cristianismo. Tudo era motivo para gerar alguma perseguição aos cristãos. Mas o impensável aconteceu na sua família: seu irmão, Teodoro Ratisbone, se converte ao cristianismo e se torna sacerdote! Os laços familiares foram rompidos imediatamente.

Os negócios da família, portanto, seriam assumidos por Afonso. Estava também de noivado com uma judia e casamento marcado. Decidiram, então, viajar pela Itália antes do casório. Conheceram no percurso muitos museus e igrejas, como não podia deixar de ser na Itália à época. Mas isso enraiveceu ainda mais seu coração contra o cristianismo. Na cidade de Roma, resolveu visitar um velho amigo, chamado Gustavo Bussières, apesar deste ser protestante. Dizia que estes cristãos ele ainda tolerava de alguma forma. Porém, mal sabia ele que no local seria apresentado ao irmão dele, o Barão de Bussières, que tinha se convertido ao catolicismo e era amigo do sacerdote Teodoro Ratisbone, seu irmão de sangue: pura providência!

Tentou evitar de conhecer o Barão de Bussières, mas não escapou. Este tentou lhe introduzir na fé católica, lhe aborrecendo imensamente, mas sem resultados. Com muito custo conseguiu adiar a estadia do judeu por uns dias para que fosse com ele à missa na Basílica de São Pedro no dia seguinte. A educação e bom trato com as pessoas que Afonso tinha não o permitiu fugir da severa insistência do homem. E ele conseguiu mais, fez Afonso aceitar de presente uma Medalha Milagrosa e uma cópia da oração: Lembrai-vos de São Bernardo de Claraval. Como vingança, pensou em escrever um relato de sua viagem e este irmão de Bussières seria uma persona non grata.

Um dia antes de irem à missa, o Barão conversou com o Conde de La Ferronays, embaixador da França na Santa Sé e homem de imensa piedade, sobre o jovem Afonso Ratisbone que conhecera há pouco. O Conde rezou cem vezes a oração Lembrai-vos pela a conversão do judeu e há relatos de que tenha oferecido até mesmo sua vida para que ele efetivamente se convertesse. Faleceu no outro dia.

Era dia 20 de janeiro de 1942. O Barão foi até a igreja ajudar no funeral do amigo, levando junto Afonso. Estava irado, foi rosnando insultos e piadas ao catolicismo até chegar à igreja. Chegando, o Barão foi resolver os problemas, deixando seu convidado em uma das laterais da igreja, sendo que a lateral oposta estava fechada pois o funeral ocorreria ali. Resolveu tudo e voltou, não encontrando mais o judeu. Começou a percorrer a igreja, até que o encontrou exatamente na lateral oposta que estava fechada, de joelhos, chorando aos soluços. Não era mais um judeu, mas sim um católico fervoroso! Como assim?

Afonso pede a presença de um padre para relatar o ocorrido. Chegando o sacerdote diz: "Eu a vi! Eu a vi!", mostrando a imagem de Nossa Senhora na Medalha Milagrosa que recebeu anteriormente, e relata:

"Eu estava havia pouco na igreja, quando, de repente, senti-me dominado por uma inquietação inexplicável. Levantei os olhos; todo o edifício havia desaparecido à minha vista; uma só capela tinha, por assim dizer, concentrando toda a luz, e no meio desse esplendor apareceu, de pé sobre o altar, grandiosa, brilhante, cheia de majestade e de doçura, a Virgem Maria, tal como está na minha Medalha; uma força irresistível atraiu-me para Ela. A Virgem fez-me sinal com a mão para que eu me ajoelhasse, e pareceu-me dizer: muito bem! Ela não me disse nada, mas eu compreendi tudo".

Ele também não soube como passou miraculosamente da lateral da igreja que estava aberta para a lateral oposta fechada. A notícia de sua conversão rapidamente se espalhou pela Europa, levando a investigações formais e rigorosas da Santa Sé que concluiu ser tudo verídico e dando fé aos relatos ao jovem. Nossa Senhora de Sião foi o nome ofertado a esta aparição da Mãe de Deus.

Afonso não apenas se converteu e se batizou. Entrou para o sacerdócio e a pedido do Papa Pio XI foi unir seus esforços junto a seu irmão Teodoro. Fundaram a Congregação dos Missionários de Nossa Senhora de Sião, com o propósito de converter os judeus ao cristianismo.

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