Santa Teresinha aparece inúmeras vezes aos soldados do front durante a 1ª Guerra Mundial para ajudá-los

Era um período de algo nunca visto pela humanidade antes, uma guerra mundial, a primeira, entre os anos de 1914 a 1918. Famílias do mundo todo atordoadas ao verem seus entes queridos partirem para uma batalha insana entre quase todos países do mundo. Nesse período, a maior arma de guerra eram os soldados armados indo para o front atacarem corpo a corpo os soldados inimigos. As mortes eram vastas e de formas terríveis, com altas probabilidades de não voltarem para casa. Mas havia uma santa que havia morrido alguns anos antes e que prometeu sua intercessão por quem quer fosse que rogasse a ela: Santa Teresinha. E sua fama se expandia com a divulgação de sua autobiografia chamada A História de Uma Alma, escrita por sua irmã, também carmelita do Carmelo de Lisieux. Bom, em uma guerra mundial até muitos ateus e afastados de Deus se desesperaram e pediram intercessão ou mesmo seus familiares que naquele momento a estavam conhecendo com disseminação de sua santidade pelo mundo. Ela não os deixaria de lado!!!

Inúmeras foram as cartas enviadas por soldados ou seus familiares ao Carmelo de Lisieux, onde Santa Teresinha residiu, testemunhando suas intercessões e proteção durante a primeira guerra. As carmelitas juntaram todas as cartas dos soldados, que somado aos relatos de outras intercessões dela, totalizaram 3.200 testemunhos. Publicaram como um único documento com 10 volumes em 1926 chamado: Chuvas de Rosas  - nome remetendo à sua promessa de derramar chuvas de rosas sobre a terra. Veja alguns breves relatos a seguir pintados em quadros pela irmã carmelita de Santa Teresinha:

Fonte: ordocarmelitarum

"Em meados de setembro estavamos nas trincheiras (...), numa situação difícil, pois a artilharia do inimigo não cessava de troar. Pensando com muita tristeza em minha pequena família, eu rezava: minha irmã Teresa, eu vos suplico, devolvei-me a minha esposa e aos meus filhos e prometo visitar vosso túmulo logo depois de retornar a minha terra. Mal terminara de fazer essa oração, vi abrir-se uma nuvem e apareceu no céu azul o rosto da santa. Julgava-me vitima de uma alucinação, esfreguei várias vezes os olhos e olhava de novo a visão. Mas não podia ter dúvida alguma, pois sua fisionomia se mostrava cada vez mais clara e resplandecente. Pude contemplá-la assim por cerca de dois minutos. Observei sobretudo seus belos olhos elevados aos céus como para rezar. Desde então sempre fui  corajoso, não me sentia mais sozinho. Tinha também a mais firme esperança de reencontrar minha família e tomei a inabalável resolução de voltar ao Deus da minha infância. De fato, pouco tempo depois por motivo de doença fui retirado do front de batalha e conduzido ao hospital. E quando ali, alguém perguntou quem queria comungar, não tive medo de manifestar meu desejo". Voltando para casa, seguiu novamente os caminhos da igreja que havia abandonado.

Fonte: Les archives du Carmel de Lisieux

Nesta outra pintura da irmã de Santa Teresinha, ela aparece a um soldado ferido em batalha para auxiliá-lo em seu desespero e solidão em meio aquele tenebroso lugar.

Fonte: Les archives du Carmel de Lisieux

Um soldado prosseguia com sua carroça preste a ser atingido por uma bala de canhão. Antes que acontecesse, Santa Teresinha lhe aparece no caminho e o impede de prosseguir, conforme retratação no quadro acima.

Um soldado ateu, em meio aos tormentos da guerra e temor de perder sua alma, busca Santa Teresinha e ela consegue sua conversão e renovação de sua fé.

Fonte: Les archives du Carmel de Lisieux

Nesta aparição, a santa adverte um sargento que sua trincheira está prestes a ser atacada, não sendo pego de surpresa.

Haviam soldados feridos e que precisavam de rápida ajuda. Na guerra, qualquer minuto é valioso para salvar uma vida. Com esse intuito, Santa Teresinha localiza um médico militar, lhe aparece e o conduz até os necessitados de atendimento médico. Belo quadro também pintado pela sua irmã.

Referências:

Misericórdia Play. Santa Teresinha foi a Guerra? // Instituto Hesed

Nous les Poilus. Plus forte que l’acier – Lettres des tranchées à Thérèse de Lisieux. Paris: Du Cerf, 2014.

Les archives du Carmel de Lisieux